Até o outro lado do mundo – Sydney [Rota Kids Down Under, dia 1: 18-19-20/07/2019]

Mais uma viagem Rota Kids Brasil  para o outro lado do mundo, no mesmo ano???!!! Quase uma loucura!

Sempre temos uma lista das próximas rotas que gostaríamos de fazer, e ficamos monitorando os preços, tanto em dinheiro quanto em resgate de pontos.    Estávamos em agosto de 2018, quando libera o calendário para compra de passagens de julho de 2019, que é a época de férias das meninas.  Já tínhamos a viagem do Japão marcada para janeiro de 2019 e estávamos despretensiosos de marcar uma viagem para muito longe nas férias seguintes.

Porém, estávamos com um número grande de pontos acumulados, e não é legal deixar eles parados por muito tempo.  Pode haver uma mudança de regras e seus pontos desvalorizarem.  Então ficamos de olho na lista de desejos.
Qual não foi nossa surpresa ao ver aparecerem resgates para Sydney, para julho de 2019, por 75000 pontos?  Este é praticamente o mínimo de tabela, e muito difícil de encontrar, ainda mais porque o trecho de Santiago para Sydney seria operado pela Qantas, uma das melhores empresas do mundo!
Aqui tomamos uma decisão um tanto quanto arriscada:  o calendário estava aberto para a ida à Austrália, mas não para a volta, que só abriria quase um mês depois.  Como o preço estava muito bom, resolvemos arriscar, comprar a ida e torcer para conseguir um resgate bom na volta. #medo!!!

Resgatamos a ida em 23 de agosto, aguardando chegar setembro para o resgate da volta! Monitorando as passagens diariamente e torcendo!
No dia 9 de setembro conseguimos o resgate da volta: 81 000 pontos.  Não era o ideal, mas enfim, resgatamos.

Só que não!

Por um erro de sistema da Latam, o e-ticket da Isabel saiu sem número, o que significa que ela não estava confirmada no voo!! Uma dica importante é sempre conferir se há um número de bilhete, assim que emitir.  Como vimos instantaneamente, foi mais fácil de resolver.

Ligamos para a Latam, que disse que teríamos que cancelar tudo, esperar devolver os pontos (levaria até 30 dias) e remarcar.  Isto era inviável, pois com certeza não conseguiríamos a disponibilidade ou o preço.  Lembrando que a ida já estava marcada, então era tudo ou nada!

Resolvemos escalar o assunto para o Consumidor.gov.br.  O atendimento da Latam por este canal foi mais eficiente.  Eles mesmos fizeram  o estorno e uma nova emissão de todos os bilhetes.  O mais legal é que o preço acabou saindo menor: 73 800 pontos! E, como compensação pelo transtorno, ainda deram 10 000 pontos de volta, como um pedido de desculpas.   Ponto para a Latam, resolveu o perrengue com o mínimo de transtornos.  Partiu!

 

Nossa rota começa por São Paulo, já que a maior parte dos vôos internacionais do Sudeste partem de lá.  Chegamos de noite em Guarulhos e a nossa conexão para Santiago só saía na manhã do dia seguinte.  Então, por diversos motivos que vão desde o tempo de trânsito nas redondezas do aeroporto até a opção por economizar o valor da hospedagem (que seria por algumas horas apenas, por conta do tempo de deslocamento até o hotel) resolvemos passar a noite no aeroporto mesmo.  E é aí que você mais dá valor ao acesso  às salas VIP, assim dá pra relaxar, dormir um pouco melhor e comer o que quiser à vontade.  Isso fez a nossa noite passar um pouco mais rápido e ser menos chata também,  Isabel até conseguiu que fizessem uma fornada extra de pizza para ela, aliás o que essa loira não consegue não é?

O lanche preferido e a foto para mandar para o Vovô Julio que adora cachorro quente!!
Quando o sono chega a gente dorme encolhidinha

Mais ou menos descansados, embarcamos no nosso voo para Santiago com escala em Mendoza, na Argentina, uma escala em que nem descemos do avião, mas que demorou um pouco mais do que o esperado, e nos deixou um pouco preocupados.   Nossa conexão em Santiago para Sydney só tinha uma espera de uma hora e meia.  Bom, o comissário de bordo garantiu-nos que o horário estava perfeito e ainda tínhamos que considerar o fuso horário.  E ele estava certo!

tem um anjo à bordo?

A saída de Mendoza para Santiago é muito engraçada.  O voo é muito curtinho e a distância até a cordilheira dos Andes é muito pequena.  Com isso, o avião decola e começa a subir em espiral, para ganhar altitude suficiente para cruzar a cadeia de montanhas.  A paisagem da cordilheira dos Andes é realmente algo belíssimo!

cruzando os Andes

Mesmo assim, ao chegar em Santiago tivemos que correr um pouquinho “just in case” na conexão com receio de perdê-la, afinal perder uma conexão de um voo de 14 horas não ia ser nada legal. Um vôo de 14 horas, depois de já ter voado outras 6 de São Paulo até Santiago… é, a gente tentou descansar o máximo durante o vôo, mas pulamos um dia quando passamos pelo Meridiano Internacional da Data e chegamos em Sydney já de noite.  O atendimento da Qantas, operadora do vôo que nos levou a Sydney, foi nota 10 e nos deixou muito à vontade.   Comissários simpáticos, cadeiras confortáveis, comida muito boa e bem servida e as crianças também foram bem assistidas quando necessário.  As nossas não dão mais tanto trabalho e já estão começando a acostumar a voar para longe, mesmo assim receberam elogios pelo bom comportamento à bordo!

Para o Rafael, o voo foi especialmente importante, pois ele queria viajar no Boeing 747-400 da Qantas, uma das aeronaves em que nunca havíamos viajado antes.  Todos achamos o voo muito bom e que muitas vezes nem se notava que o avião se movimentava, de tão estável.

747-400 da Qantas. Mais um para a lista de aviões do Rafael

Chegamos no Aeroporto de Sydney no sábado a noite.  Por conta do fuso, do tempo de voo e da perda de um dia inteiro pelo Meridiano da Data note-se que estávamos em trânsito desde quinta-feira à noite.  Do aeroporto mesmo conseguimos  entrar no serviço de VLT para nosso hotel, na região mais central da cidade.

Ficamos hospedados no Swissotel da rede Accor, localizado  bem próximo ao Queen Victoria Building , do West Shopping e uma série de outras lojas e teatros, portanto achamos que chegaríamos com a cidade em ebulição no sábado à noite, com a vida noturna fervilhando. Mas foi bastante difícil encontrar um restaurante aberto para jantarmos. As lojas fecham bem mais cedo que esperávamos, 19 horas, e os restaurantes às 20 já não serviam mais…

Docinhos de presente no quarto do hotel

Passeamos pelas ruas, visitamos o famoso Queen Victoria Building, que é um centro comercial dos mais antigos da cidade, uma construção histórica que no final do século XIX passou por mudanças da parte da decoração interna e arquitetura mas ainda conservando o estilo arquitetônico original romanesco. A sua fachada chama atenção não só pela imponência mas pela riqueza de detalhes especialmente em ferro, mas é o interior que mostra a sua grande beleza, destaque para os relógios, as escadarias em ferro fundido e os tetos curvados iluminados.

Queen Victoria Building
Vitrais e escadarias do Queen Victoria
Os corredores e mezaninos com os relógios pendurados

Tem lojas bem refinadas e todas já estavam fechadas à 19:00 horas da noite.

O mesmo aconteceu no West Shopping, lá até a praça de alimentação já estava fechando, só conseguiríamos comprar comida para levar. Algo que não estávamos querendo no momento.

As lojas fechadas mas a beleza e requinte do lugar são fascinantes
Cúpula de vidro

Sem muito mais  o que fazer, resolvemos procurar um restaurante na rua mesmo para comer algo e voltar ao hotel e descansar. E o que procurar quando não se acha nada para comer, McDonald’s!  Em quase  todo lugar aberto 24 horas! Achamos um mais perto possível e resolvemos o problema da fome!

No caminho, ainda conhecemos um pouco da cidade.  Passamos pela praça onde ficava o prédio Town Hall, ou a Câmara Municipal mais antiga, que estava ela e toda a praça com uma iluminação magnífica.  Destaque para as estátuas dos cangurus e aqui também vimos os patinetes urbanos como no Rio de Janeiro e outras cidades brasileiras, mas aqui eles também são providos de capacetes, que são deixados juntamente com os patinetes ao término do uso pelo cidadão.  E não aqui ninguém rouba o capacete, ou pelo menos não vimos nenhum sendo roubado.  Aliás andamos a noite, com ruas bem vazias e mas não sentimos insegurança, mesmo não tendo policiais a vista.

Mesmo com tudo fechado, ainda conseguimos ir ao mercado Woolworth’s que fica aberto até tarde, para comprar alguns itens de café da manhã para o dia seguinte.   Essa é uma das maiores redes de mercados do país e eles estavam com uma promoção em virtude do recente lançamento do filme da Disney – Rei Leão Live action.   A cada 30 dólares australianos gastos a gente ganhava um pacotinho com um bonequinho  de um dos personagens do filme. No total seriam 24 miniaturas incluindo as douradas, e isso se tornou uma febre colecionável , tanto que ao fim da viagem conseguimos juntar 17 diferentes e outros tantos repetidos.

Isabel ao lado do cartaz da promoção ooshies do Woolworth

Viajar para o outro lado do mundo tem vantagens e desvantagens, e de fato uma das desvantagens foi o fuso. Entrar no fuso foi difícil por isso já era hora de ir para o hotel e tentar pelo menos descansar para começar o próximo dia de aventuras bem melhor.

See ya!

Dicas deste post:

  • Dica para uso de milhas: Se juntou muitas, gaste logo.  Elas são como moedas, podem sofrer desvalorização a qualquer momento.
  • Saiba o mínimo de tabela de resgate de milhas para seus destinos, isso vai facilitar na hora da pesquisa para ver se o preço em milhas está caro ou barato.
  • Sempre confira os e-tickets, veja se os dados estão corretos e se tem número de bilhete.
  • Depois de tantos resgates, esta foi a primeira vez em que tive um problema com a Latam.  Ponto para eles, tudo resolvido em menos de uma semana.
  • Existem diversos cartões de crédito que dão acesso gratuito às salas VIP. Usamos um destes e com isso, nossa viagem ficou muito mais simples.  Vamos usar mais este benefício ao longo da viagem!
  • Falha no nosso planejamento: nem cogitamos que, às 19:00 de sábado, as lojas poderiam estar fechadas ou fechando em Sydney.  Pesquise sempre os horários mais comuns de funcionamento do comércio.
  • Não sei se faria um resgate “picado” como este novamente.  Comprar só a ida e esperar algumas semanas para emitir a volta foi mais emoção do que gostaria…

 

 

 

2 pensamentos em “Até o outro lado do mundo – Sydney [Rota Kids Down Under, dia 1: 18-19-20/07/2019]”

    1. No nosso caso, seria ter milhas suficientes para que todos nós quatro conseguíssemos viajar com milhas para estes destinos mais longínquos. Por exemplo, para uma pessoa para a Europa, ida e volta, pela LATAM, seriam aproximadamente 70 mil pontos pelo mínimo da tabela(sendo mais provável conseguir por cerca de 90 mil pontos). Consulte a tabela de resgate do seu programa de milhas para ter uma boa aproximação.

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