Rumo a Osaka [Rota Japão, dia 3: 21/01/2019]

Terceiro dia no Japão.  Dia de dar “até breve”  à capital e finalmente embarcar no Shinkansen, trem bala, com destino a Osaka.

Como já foi dito nos posts anteriores, estávamos hospedados muito perto da enorme estação de Shinjuku e portanto o trajeto até ela foi feito a pé mesmo – mais um ponto positivo em andar com malas de bordo, pequenas e mais leves são muito melhores para se locomover na cidade.

Sempre preferimos chegar bem cedo na estação para ir até a central e marcar não só o trem como os assentos que iremos viajar.  Mesmo com bastante antecedência não conseguimos os assentos juntos nem do lado direito do trem, por onde conseguiríamos ver o tão famoso Monte Fuji, de fato um atrativo turístico muuutito procurado! Mesmo assim conseguimos sentar dois a dois pelo menos.

Shinkansen chegando na estação, para nos levar a Osaka
Trem vai para Nagoya mas passa em Osaka

É uma viagem de aproximadamente 3 horas de trem até Osaka, mas é bastante tranquila e confortável.  Todas as cadeiras são reclináveis e com mesinhas pra refeições.   Mesmo que você não tenha levado o seu lanchinho, atendentes passam com carrinhos de snacks vendendo  bebidas e pequenos lanches. O difícil é entender o que elas falam…

Olha a Loira confortavelmente instalada no trem

Rafael ficou monitorando no GPS o ponto de maior aproximação do Monte Fuji.  Quando estava bem pertinho, ele foi para a porta do vagão, que tem uma grande janela, e conseguiu fazer belas imagens.  Mesmo esta janela estava concorrida, e ele só conseguiu tirar as fotos pela gentileza de um casal de idosos japoneses que cedeu o lugar para ele observar!  Mais um exemplo da cordialidade deste povo, que presenciamos ao longo desta viagem.

 

Mesmo sem sentar na janela da direita sempre dá pra levantar e ir até a porta e do vidro conseguir fotos lindas do famoso Monte Fuji!

Enfim Osaka!  Osaka é uma cidade muito importante na história, economia e cultura japonesas.  Uma cidade que nos hospedou por alguns dias e de onde partimos para conhecer outros destinos também.

Chegamos em Shin-Osaka, a estação central do trem-bala na cidade e seguimos para a estação Namba do metrô, que ficava mais próxima ao nosso hotel.   Aqui optamos pelo Ibis Styles, mas quando escolhemos mesmo olhando no mapa e vendo imagens no street view não tínhamos idéia que estávamos em um lugar tão peculiar, repleto de comércio e restaurantes ao longo do rio.

Somos fãs da rede Accor, mas o atendimento dos hotéis no Japão foi bem acima da média.  Ao chegarmos no nosso quarto em Osaka, nos esperava um kit de boas vindas:

Guloseimas típicas de Osaka

além de quatro garrafas d’água, de cortesia:

Tem uma história legal sobre as garrafas d’água do Ibis Styles de Osaka, que vocês verão nos próximos posts.  Por enquanto, apenas lembrem que ganhamos quatro garrafas hoje…

Deixamos tudo no hotel e saímos para explorar e almoçar.  Foi até um tanto difícil escolher a princípio um lugar para almoçar, mas quando de longe avistamos o “Bolhinha”, um enorme peixe baiacu pendurado na fachada do restaurante, pronto! Rafael tinha esse desejo de comer sashimi de baiacu (fugu), daí resolvemos o problema.

Restaurante do Baiacú, um peixe que se infla na presença de alguma ameaça.
Sashimi de Baiacú, como esse peixe contém uma glândula de veneno para que sua carne seja consumida o sushiman deve ser muito bem treinado por anos para saber retirar com precisão tal glândula e produzir os sashimis
Preferi um prato com espetinhos de carne, frango, polvo e porco, mais seguro e a meu ver mais apetitoso!
Para as crianças o bom e gostoso Yaksoba e frango frito.

O detalhe para esse almoço foi a pressa da atendente, ainda nem tínhamos nos entendido com o cardápio e ela já voltou querendo tirar o pedido, tudo muito rápido, e o restaurante estava vazio.  Ainda bem que o menu tinha foto pois daí conseguimos desenrrolar mais rapidamente, mas a maioria dos lugares , depois percebemos isso, tinha foto dos principais pratos e menu em inglês.  Thank God!

Nossa idéia ainda era ir ao templo Shitenoji e ao Flea Market (mercado das pulgas mamãe?) que eram bem próximos, e de fato deu pra ter uma idéia do mercado mas não deu pra comprar ou mesmo olhar muita coisa pois chegamos já bem perto da hora do encerramento, e eles são bem rigorosos com regras e horários, se uma coisa fecha às 17:00 horas, às 16:30 eles já estavam arrumando tudo para fechar as barracas.

Olha que fofo esses bonsais!!

E, corremos para o templo budista que a princípio muito se assemelhava com o Meiji de Tóquio que havíamos visitado, só que aquele era xintoísta. Ah mas cada templo tem sua peculiaridade, cada estátua de cada Buda uma história, cada construção com suas cores e detalhes arquitetônicos muito diferentes dos que estamos habituados a ver nas construções ocidentais.

Family selfie no portal do templo
O enorme portal do templo Shitennõ-ji
Bebel e oque se assemelham a lápides fúnebres
Vista do portal por dentro do incensório
Uma das construções que abrigam as estátuas de Buda
Beatriz e o Garan, pagode de cinco andares
Templo que abriga mais Budas e locais de oração e adoração
As lojinhas já encerrando as atividades com o sol já se pondo por de trás
Buda e a caixa para oferenda

Mesmo com o sol já querendo ir embora ainda tivemos pique para ir até a região conhecida como Electric Town, uma área repleta de lojas de eletrônicos e acessórios, além de outras tantas lojas com objetos de personagens de mangás e desenhos japoneses como Naruto e Dragon Ball. Até mesmo as princesas da Disney eram representadas com feitio de mangá em bonecos perfeitos e até bem caros para o nosso bolso.

Bibia em Electric Town de Pikachu

Um dos destaques da região é a Kiddy Land, uma loja de brinquedos voltada para crianças e adultos também!  Milhares de brinquedos, modelos, trens, carros, aeromodelos, espalhados em vários andares.  Enfim, uma loucura!

bonecos gundam para todos os gostos e bolsos
Brinquedos sim, muitos brinquedos!
Paraíso dos colecionadores e das pessoas que praticam pequenos hobbies
trens e locomotivas em diversas escalas, conheço alguém que por pouco não levou todos…

E lojas de brinquedos que os três ficaram encantados com as miniaturas e as bonecas.

Essas bonecas são cararérrimas no Brasil mas aqui estavam bem acessíveis e Isabel fez a festa com as Sylvanian Families

Isabel foi atrás da Sylvanian Families, que tem centenas de modelos diferentes por aqui.  A Beatriz queria comprar uma Licca-Chan, uma boneca que é a Barbie Japonesa.  E o Rafael estava atrás de Transformers, que também só são fáceis de encontrar por aqui.

Anoiteceu e continuamos andando, seguindo em direção ao hotel e aproveitando o passeio.  Muitas pessoas pelas ruas, passeando e visitando as lojas.

Andar nas ruas transversais é bem tranquilo, quase não passa carro e note que não há calçada com meio fio apenas uma marcação pintada no asfalto.

Antes de voltarmos ao hotel jantamos em um restaurante no caminho.

Comidinha de fast food japones no quentinho, #tudodebom

Como já falei anteriormente a região do hotel era de muito burburinho de comércio e restaurantes, de noite então a galera saía e enchia as ruas dos arredores. Muito me chamou atenção as moças bem vestidas chamando atenção dos rapazes e os inúmeros Maid Cafés, inclusive um na esquina do hotel onde as meninas ficavam na porta vestidas de cosplay, com cabelos coloridos e roupas curtas e chamativas, elas na realidade são pagas para conversar com os rapazes para que eles se sintam mais a vontade com as outras garotas, muito curioso isso…

galera de Cachoeiro, faz lembrar a Beira Rio!!SQN

O Ibis Styles, além de muito bem localizado, possui uma 7-Eleven dentro dele, o que facilitava muito para comprar snaks, sucos e salgados tradicionais locais para um lanchinho.

Dia no fim e amanhã mais uma aventura nos aguarda nas terras nipônicas.

See Ya!

Dicas deste post

  • O Japão é um país para ser apreciado através do trem.  As malhas são excelentes e o trem-bala tem todo um glamour que não vemos mais em outros lugares ou em outros meios de transporte.
  • O baiacu é saboroso mas um tanto quanto borrachudo no formato de sashimi.  Comemos também ele frito, e aí o sabor e a consistência sobressaiu.  Sobrevivemos!
  • O principal erro que cometemos nesta viagem foi não conseguirmos nem de perto imaginar o tamanho das lojas no Japão.  A quantidade e variedade das lojas de brinquedos e de departamentos é absurda.  Devíamos ter reservado um dia inteiro só para isso.  Ainda assim, conseguimos conhecer algumas lojas razoavelmente bem. 
  • A Kiddy Land é imperdível, para crianças e adultos também! Existem filiais em diversas cidades.
  • Se seus filhos gostam de Sylvanian Families, saiba que eles foram criados em 1985 aqui no Japão.  Então é muito fácil encontrá-los em todas as seções de brinquedos, por preços ridiculamente baixos (estamos falando de miniaturas a partir do equivalente a cerca de 20 Reais!!)
  • Não perca a chance de conhecer as Konbinis, como são chamadas as lojas de conveniência, tais como 7-Eleven e Family Mart.  Muitos produtos, comidas e bebidas, lanches , remédios entre outros.  Os salgados são deliciosos!

 

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